Você conhece este símbolo? Não? Ele representa um grupo de fibra. A gente explica. Trata-se do grupo de apoio Unidos pela Fibrose Cística, uma instituição que tem o objetivo de divulgar e apoiar portadores e familiares da doença.
A Fibrose Cística (FC), também conhecida como Doença do Beijo Salgado ou Mucoviscidose, é uma doença genética, ainda sem cura, mas que se diagnosticada precocemente e tratada de maneira adequada, o paciente poderá ter uma vida praticamente normal, dentro de seus limites.
Na maioria das vezes, a FC é diagnosticada já na infância, embora também possa ser diagnosticada na adolescência ou na fase adulta. O gene “defeituoso” é transmitido pelo pai e pela mãe (embora nenhum dos dois manifeste a doença) e é responsável pela alteração do transporte de íons através das membranas das células. Chamado de CFTR, este gene intervém na produção de suor, dos sucos digestivos e dos mucos. Isso significa dizer que, nos portadores de fibrose cística, as substâncias como muco, suor ou enzimas pancreáticas são mais espessas e de difícil eliminação.
A obstrução dos ductos do piancreas pela secreção mais viscosa impede que as enzimas digestivas sejam lançadas no intestino. Por isso, o paciente tem má absorção de nutrientes e não ganha peso, apesar de alimentar-se bem. Apresenta também maior número de evacuações diárias e elimina fezes volumosas, com odor forte e gordurosas.
Essa obstrução por secreção mais espessa também pode acometer os ductos biliares, e a bile retida no fígado favorece a instalação de um processo inflamatório.
Entretanto, o aparelho respiratório é a área mais delicada da doença. O pulmão produz muco espesso que pode ficar retido nas vias aéreas e ser invadido por bactérias. Outros sintomas são tosse com secreção produtiva, pneumonias de repetição, bronquite crônica.
A Fibrose Cística pode ser identificada através do teste do pezinho e seu diagnóstico pode ser confirmado através do teste do suor ou ainda através de exames genéticos.